Em muitas histórias mitológicas, e também nos contos de fadas, a donzela, invariavelmente, se encontra prisioneira de um monstro terrível. Muitas vezes, esse monstro é um dragão – numa representação do ego e dos instintos selvagens de posse, agressividade, defesa e necessidades básicas de subsistência.
O cavaleiro precisa matar o dragão e salvar a donzela para, só então, sagrar-se vitorioso, ser coroado e encontrar o amor verdadeiro.
A fábula aponta para o insconsciente. A necessidade de matar um aspecto da personalidade para integrar e ter acesso a uma consciência mais elevada. Pensando no arcano do Sol, podemos ver aspectos interiores que têm um profundo sentido ético. Essas partes se unem e sacrificam desejos instintivos em prol de algo maior.
Também podemos ver a união de duas pessoas, que de livre vontade sacrificam desejos pessoais por algo mais elevado. O sol fala da união. A união da Alma com o Eu Superior, do Ego com a Alma e das almas em torno de um propósito maior…
Tudo isso nos faz pensar e implantar um sentido maior por estar vivo. Um propósito maior que a nossa própria vida, muito além de uma busca individual por sucesso, prazer, recompensas, reconhecimento, conhecimento, ou amor pessoal. Esse sentido talvez seja fazer escolhas em prol do sagrado e poder fazer parte, qualquer parte que seja, da grande Obra da Criação.
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