A vida é como uma roda gigante. Às vezes estamos em cima. Vemos tudo de cima, nos sentimos os maiorais. Somos fortes, cheios de ideias, de estímulo e força. Às vezes estamos embaixo, nos sentimos derrotados, a pior das criaturas, miseráveis, inconstantes, angustiados e inconformados.
Algumas pessoas querem prolongar ao máximo estar em cima. Outros cultuam tanto a derrota e o sofrimento que é como se estivessem apegados ao fato de estarem embaixo. A verdade é que não vamos ficar eternamente em cima, nem eternamente embaixo. Esses são ciclos naturais. Não adianta lutar contra eles, nem se apegar a uma posição. O melhor é aceitar essa natureza cíclica que existe em nós e na própria natureza.
Entender que teremos que ir ao nosso submundo algumas vezes, na nossa trajetória de vida. Contudo, o mergulho na nossa escuridão não precisa ser sempre como uma ida ao inferno.
É verdade que é preciso ir no nosso “inferno” pelo menos uma vez na vida, mergulhar fundo e reconhecer nossas mazelas, crenças limitantes, mesquinharias e até falhas de personalidade. Mas depois, nas próximas idas, vamos limpando os entulhos, melhorando o ambiente, e colocando mais luz e suavidade nesse lugar…
Assim, o submundo vai se elevando, subindo de andar até chegar à superfície e pode continuar a subir… da mesma forma, o ponto mais alto que alcançávamos antes também irá se elevar…
A tendência, nesse processo, é que o giro da Roda se torne mais rápido, mais simples e sem tantas dores. Até que ela se solta do eixo, deita e gira em espiral, para o alto, junto com nossa consciência, que se eleva no centro dessa espiral.
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